terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ederaldo Batista quer 30% do orçamento em educação (Entrevista à Folha Metropolitana)

Publicada pelo jornal Folha Metrolitana em 27/08

Professor estadual desde 1985, Ederaldo Batista, 47 anos, é diretor executivo é diretor executivo do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Foi um dos fundadores do PSOL, primeiro presidente do partido no município e é Secretário de Finanças do comitê estadual da sigla.

Folha Metropolitana publica as segundas-feiras, até 24 de setembro, a série "Dez Perguntas ao Candidato", com questões idênticas aos sete candidatos à Prefeitura de Guarulhos.
                                                                                                                                     

Folha Metropolitana - Qual o seu projeto político para comandar a segunda maior cidade do Estado de São Paulo e a nona economia do País?

Ederaldo Batista - Nosso programa tem como slogan “Guarulhos nas mãos dos trabalhadores” e está aqui a síntese do nosso projeto político para a cidade. Os trabalhadores que produzem a riqueza que faz de Guarulhos uma das cidades mais rica do país não gozam dessa riqueza. Implantaremos um governo comprometido com a classe trabalhadora.

FM - Guarulhos possui 700 km de vias sem iluminação pública e terá que assumir esse serviço no lugar da Bandeirante Energia no próximo ano. Como resolver esse problema, sem deixar de investir em outras áreas importantes?

Ederaldo Batista - A cidade é rica e dispõe de arrecadação para atender todos os serviços com qualidade. Neste sentido, não tem por que a cidade estar tão escura à noite, como tem reclamado a população. Nossas praças, avenidas e ruas devem estar devidamente iluminadas, inclusive porque isto é um item de segurança.

FM - A Secretaria Municipal de Educação estima que 5,5 mil crianças aguardem vagas em creches. Como zerar a fila, sem esquecer a escassez de creches que atuem em período integral?

Ederaldo Batista - Aumentar para 30% o investimento em educação e universalizar o atendimento em creche e pré-escola em tempo integral, inclusive com 1/3 da jornada extraclasse para o educador. O “CEU” não resolve as demandas da população, exclui aqueles que não terão acesso. Menos propaganda e mais vagas para nossas crianças.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Prêmio Congresso em Foco: novamente, bancada do PSOL é finalista


Está aberta desde segunda-feira (13/08) a votação dos internautas para o Prêmio Congresso em Foco, que anualmente premia os melhores deputados e senadores do Parlamento brasileiro. Mais uma vez, toda a bancada do PSOL está entre os finalistas, escolhidos pelo voto de 186 jornalistas de Brasília. Ao todo, são 25 deputados e 10 senadores que agora disputam o voto do internauta.


O PSOL mostrou mais uma vez que, apesar de ter uma bancada pequena, ela pode fazer a diferença no Congresso. O deputado federal Chico Alencar (RJ) foi o mais votado entre os jornalistas e o senador Randolfe Rodrigues (AP) venceu a disputa inicial no Senado. É a quarta edição consecutiva em que Chico Alencar recebe o maior número de votos na Câmara. Já Randolfe também foi indicado para disputar o voto do internauta em quatro das nove categorias especiais desta edição do prêmio.

Durante o período de votação, o Congresso em Foco divulgará boletins parciais com os resultados da votação dos internautas. Mas a ordem final de classificação só será revelada no evento de premiação, no dia 8 de novembro.

Em 2011, os três deputados do PSOL – Chico Alencar, Ivan Valente e Jean Wyllys – ficaram entre os quatro mais votados.

Para Ivan Valente, que além de deputado federal é presidente nacional do partido, o Prêmio ratifica a seriedade e compromisso do PSOL com uma atuação ética, aguerrida e responsável no Parlamento. “Ficamos honrados de, uma vez mais, receber o reconhecimento dos jornalistas e internautas pelo nosso trabalho. Isso mostra que é possível, necessário e urgente fazer política de uma outra forma”, afirmou.

CLIQUE AQUI para votar no Prêmio Congresso em Foco.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ederaldo participa de debate entre candidatos de Guarulhos na Band

Ederaldo Batista, candidato do PSOL à Prefeitura de Guarulhos, participou do debate com mais 5 candidatos transmitido ao vivo pela Band no último sábado, 11/08. O debate teve cinco blocos,  todos os candidatos responderam a uma pergunta da produção e fizeram perguntas entre si. Ederaldo  reafirmou seu compromisso com a classe trabalhadora e falou de transporte, saúde, segurança, entre outros assuntos. Estiveram presentes no estúdio da Band, além de Ederaldo Batista do PSOL, os outros candidatos a prefeito de Guarulhos Alan Neto (DEM), Carlos Roberto (PSDB), Jovino Cândido (PV), Sebastião Almeida (PT) e Wagner Freitas (PP).

Clique aqui para assistir ao debate na íntegra no site da Band.




domingo, 12 de agosto de 2012

Nota do PSOL sobre o julgamento do mensalão

A imprensa brasileira tem dado grande destaque ao julgamento da ação nº 470 no Supremo Tribunal Federal, ação que julgará os envolvidos com o esquema conhecido como “mensalão” e que consistia no desvio de recursos públicos para o pagamento de campanhas eleitorais e parlamentares em troca de apoio no Congresso Nacional ao governo Lula.

Ao contrário do que tem sido afirmado pelos partidos que compõe a base do governo Dilma, o mensalão não é apenas uma ficção da imprensa com o objetivo de desestabilizar o governo liderado pelo PT. Segundo as investigações realizadas pelos órgãos de fiscalização e controle, como a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público Federal, há indícios claros de que contratos públicos, por exemplo, com agências de publicidade como a do publicitário Marcos Valério, foram utilizados para desviar recursos públicos para o pagamento de campanhas eleitorais e compra de aliados no Congresso Nacional. Aliás, cabe lembrar que a dinâmica de compra de votos e apoio político através do desvio de recursos públicos já havia sido inaugurado pelo PSDB em Minas Gerais, quando do governo do agora Deputado Federal e ex-Governador Eduardo Azeredo, com a colaboração do mesmo Marcos Valério, que não é um novato em operações deste tipo, e copiado pelo governo de José Roberto Arruda, no caso conhecido como “mensalão do DEM”.

Assim, como vemos, o mensalão não só existiu como revelou a dinâmica da utilização de recursos públicos para a compra de aliados. As sucessivas reeleições de Roberto Jefferson e Waldemar Costa Neto como presidentes respectivamente do PTB e do PR e como chefes da distribuição das “mensalidades” às listas de parlamentares dos referidos partidos, mesmo sendo réus do mensalão, são um elemento a mais que comprovam a existência do esquema.

O mensalão, porém, não é o primeiro escândalo de corrupção vivido em nosso país. A privatização de empresas como a Vale e das companhias de telecomunicação, bem como a compra de votos para assegurar a reeleição do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, demonstram que a corrupção tinha profundas raízes nos governos tucanos. Antes deles, a cassação do ex-Presidente Collor de Mello e as denúncias contra os governos militares e o governo Sarney, já haviam demonstrado que a corrupção é um componente endêmico da política brasileira. E a atual “CPMI do Cachoeira” mostra claramente que esquemas semelhantes continuam em vigor, ou seja, empresas continuam participando direta ou indiretamente no pagamento de propina e no financiamento das campanhas dos grandes partidos em nosso país.

Portanto, o julgamento do mensalão revela, principalmente, as opções do Governo Lula e do PT em favor de uma “governabilidade” baseada em relações fisiológicas e de dependência financeira com as quais os novos inquilinos do palácio do Planalto não quiseram romper. O mensalão é a prova máxima de que o PT e seu governo abriram mão de um programa de mudanças profundas, preferindo a aliança com os partidos da ordem que chancelaram seu apoio em troca e cargos, liberação de emendas parlamentares e, neste caso, pagamento de campanhas e compra de votos. Ou seja, vícios políticos que descambaram para a corrupção aberta visando a perpetuação no poder.

Como resultado da opção política por uma governabilidade baseada em relações políticas e alianças espúrias, o PT e seu governo promoveram um profundo rebaixamento programático. Transformado em aliado do capital financeiro e do agronegócio, o PT não teve pudores em usar dos métodos historicamente rechaçados pelo próprio partido para assegurar apoio a suas medidas. Este processo simbolizou um retrocesso nos valores democráticos e republicanos, reforçando um sentimento de negação da política e da ação dos partidos.

Por isso, o PSOL expressa seu repúdio à corrupção e exige a punição de todos que, comprovadamente, tenham utilizado recursos públicos para corromper ou que foram corrompidos, cedendo seu apoio ao governo em troca de dinheiro. Ao mesmo tempo, rechaçamos o circo midiático que busca realizar um julgamento meramente moral do caso do mensalão: ele é, antes de tudo, um problema político, que revela as opções equivocadas do PT em favor deste tipo de governabilidade, opções essas que negamos, reafirmando nosso compromisso com as mudanças realizadas com o apoio das forças populares, sem interferência do poder econômico tanto nos processos eleitorais – onde ele atua para torná-los assimétricos e desiguais – quanto na forma governar, estimulando a corrupção e desmoralizando a política como atividade nobre, negando a mobilização popular como exercício da cidadania e da participação direta.

Por fim, afirmamos que para responder a esta situação e evitar que escândalos como esse se repitam, é preciso aprovar uma reforma política que impeça o financiamento privado das campanhas com punição drástica aos doadores e receptores, bem como julgar, de forma independente e baseada nos autos do processo, os envolvidos no mensalão, assegurando assim que a justiça seja feita.


Ivan Valente
Presidente Nacional do PSOL
Deputado Federal PSOL/SP

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Fechar Unifesp Guarulhos é puro preconceito

Um professor (não educador) escreveu um artigo pedindo o fechamento do campus da UNIFESP em Guarulhos. A leitura distorcida e a posição de classe também levou-o a construir uma argumentação se não ridícula, pelo menos absurda.

Diz ele que o campus fica em um bairro distante e afastado dos aparelhos culturais, que é de difícil acesso, que os estudantes (a maioria) não são da cidade, que a estrutura do local não é adequada... Para quem acha que a universidade é uma coisa da elite deve logo dizer e não mascarar sua posição, pois se a intalação de um campus universitário em um bairro periférico levar consigo as infraestruturas, os elementos de mobilidade, os aparelhos culturais e criar uma interação entre a comunidade e a pesquisa, só por isso se justificaria sua existência.

Queremos aqui empenhar nossa solidariedade: aos estudantes, que no último período tem dado exemplos de luta em defesa da universidade pública e de qualidade; aos professores e funcionários que tem defendido a valorização da profissão e melhorais nas condições de trabalho.

PELA MANUTENÇÃO DA UNIFESP EM GUARULHOS, com instalações adequadas e ampliação dos cursos aqui instalados.

Que o governo federal disponibilize os recursos necessários para a manutenção do campus e atenda as reivindicações dos alunos e dos professores, já.

VERBAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA!