Joaquim Barbosa e sua mãe, Benedita Barbosa, 76 anos, ato da
posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal.
Mais do que por sua atuação no julgamento da Ação Penal 470,
a chegada do ministro Barbosa na presidência da mais alta corte do país, chama
a atenção por ser o primeiro negro a ocupar a presidência de um dos poderes da
república federativa do Brasil.
Se no Brasil colônia e no Brasil império não estava colocada
à possibilidade de um negro ocupar instancias de poder na estrutura política-econômica-social
da então quase nação, devido a existência do regime escravocrata no país – quando
a mãe do poliglota Joaquim Barbosa nasceu fazia apenas 48 anos que havia
acabado a escravidão no país - , somente após 123 anos da proclamação
da república o primeiro negro no STF assume sua presidência.
Feito esse registro cabe também ressaltar, com a mesma
relevância, que a chegada do relator da Ação Penal 470 na presidência do STF, é
a comprovação cabal de que a saída para os oprimidos, para os explorados, para
os marginalizados, para os pobres, para as mulheres, para os negros, para os
homossexuais, enfim, para todos aqueles que sonham com uma sociedade justa,
igualitária e solidária passa efetivamente pela EDUCAÇÃO!